quinta-feira, 20 de maio de 2021

sem querer

A vida força a gente a fazer curva
às vezes voltamos
por vezes nos perdemos
e até regressamos

no caminho nem sempre identificado
lembro da via sem pintura
do olho de gato quebrado
e da luz pública apagada

na lembrança enevoada pelo tempo
me vem à luz aquele choro
o nojo do vomito amigo
e o pulo da música tocada

na rasteira noturna tão sentida
se descobre a valência
nem sempre da rasteira
mas da cascudez da vida

no breu buscando o próximo retorno
enquanto lemos as placas
o destino passa para a gente vê
e aprendemos na tocada

A direção não é fácil de manter
é muita batalha para lutar
o destino vira realidade
só para gente continuar

Nenhum comentário:

Postar um comentário